Dia 24 de março, dia mundial em combate à Tuberculose, realizamos uma entrevista com o Dr. João Marine, pneumologista que faz parte do NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família) atuando nas três unidades de saúde na Rocinha, Rinaldo De Lamare, Maria do Socorro e Albert Sabin. A tuberculose é uma doença infectocontagiosa transmitida por bacilos
expelidos por um indivíduo contaminado no momento em que tosse, fala,
espirra ou cospe. Ficou conhecida como ‘a doença dos poetas’ nos séculos
XIX e XX, associada à vida boêmia que vários escritores e romancistas
levavam e na piora que ela implicava no quadro da doença. O dia 24 de
março é considerado o dia mundial do combate à tuberculose. A data foi
criada em 1982, pela Organização Mundial da Saúde, em homenagem aos 100
anos do descobrimento do bacilo causador da doença pelo médico alemão
Robert Koch (1843-1910).
Sintomas da tuberculose;
A tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, é o principal
sintoma da tuberculose. Qualquer pessoa com este indício deve procurar
uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. Para atingir a cura, o
paciente deve realizar o tratamento oferecido, gratuitamente, pelo SUS,
durante seis meses, sem interrupção.
Abaixo segue à entrevista com o Dr. João Marine, pneumologista NASF;
1) Onde você estudou e que ano se formou?
Estudei na Faculdade de Medicina de Petrópolis onde me formei em 1974.
Estudei na Faculdade de Medicina de Petrópolis onde me formei em 1974.
2) Além de pneumologista você tem alguma outra especialidade?
Atualmente só atuo na especialidade de Pneumologia. Durante muitos anos trabalhei também como clinico geral em regime de plantão.
Atualmente só atuo na especialidade de Pneumologia. Durante muitos anos trabalhei também como clinico geral em regime de plantão.
3) Quais unidade de saúde você já atuou e hoje quais você atua?
Trabalhei no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle ligado à Universidade do Rio de Janeiro onde me aposentei em 2010. Atualmente trabalho no Hospital Federal do Andaraí, no Serviço de Pneumologia e nas Unidades das Clinicas da Família na Rocinha.
4) Qual sua visão sobre a tuberculose na Rocinha?
O controle da tuberculose não é somente um problema médico. Envolve também o controle de problemas sociais, de habitação e de meio ambiente, que são ainda dificuldades importantes a serem superadas na Rocinha. Em relação à doença em si, o longo tempo de tratamento (mínimo de 6 meses) necessário para a cura se mostra como um obstáculo na adesão ao tratamento, dificultando seu controle.
5) Como é o seu trabalho na saúde da família?
O meu trabalho nas Clinicas de Saúde da Família é de apoio aos médicos e às equipes no diagnóstico e no tratamento das doenças do aparelho respiratório, prioritariamente a tuberculose, por esta se configurar como um grave problema de saúde na Rocinha.
6) Qual sua visão sobre a saúde da família na Rocinha?
O trabalho das Clinicas da Família é extremamente relevante, proporcionando atendimento de excelente qualidade à população sem que esta precise se deslocar para longe do seu domicilio. Permite, também, uma ótima integração da equipe responsável pelo acompanhamento com todos os membros da família. Especificamente na Rocinha, me parece que existe uma relação muito boa dos médicos, enfermeiros, técnicos e agentes comunitários com a comunidade.
Nosso objetivo através desta entrevista é esclarecer o trabalho que desenvolvemos na comunidade, tirando duvidas através dos nossos profissionais de saúde, mostrar para todos que a tuberculose tem cura e estamos juntos nesta luta!
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